domingo, 26 de abril de 2009

A PRIMEIRA CARTA AOS CORÍNTIOS

Escrita pelo apóstolo Paulo de passagem por Éfeso durante sua terceira viagem missionária, por volta de 56d.C, esta carta aborda os problemas enfrentados por uma Igreja urbana do primeiro século da era cristã. Corinto era uma dos principais centros comerciais do mundo antigo, também famoso por sua devassidão e imoralidade. Por estas razões o Evangelho chegou até aquela cidade com grandes manifestações de poder. Mas, apesar das experiências espirituais arrebatadoras, a Igreja vivia uma confusão ética e doutrinária que ameaçava o futuro do evangelho naquela região. Os assuntos tratados nesta carta compõem um verdadeiro manual para tratar problemas na Igreja: divisões, imoralidade sexual, litígio entre irmãos, práticas litúrgicas, teologia da ressurreição e, especialmente, fenómenos espirituais. Ainda dentro do contexto histórico, sabemos que ela foi reerguida por César como uma colónia do Império em 44 aC. E era considerado a capital da província da Acaia. Sendo portuária,
Ela estava aberta ao mundo e todas as influências. Os vícios da cidade eram proverbiais. Há afirmações não confirmadas de que havia em Corinto cerca de 1.000 prostituta cultuais de Afrodite. É no meio disto tudo que nasce uma Igreja cristã com resultado dos esforços missionários de Paulo mais ou menos no ano 49 d.C.
Mantendo a nossa estrutura pedagógica vamos ler algumas afirmações chaves para o bom entendimento da Epistola. Leiam de voz alta.
1 – “Certamente a palavra da Cruz é loucura para os que se
Pendem, mas para nós, que somos salvos, poder de Deus (l Cor. 1:18)
2 - “De maneira que, se um membro sofre, todos sofrem com ele; e, se um
Deles é honrado, com ele todos se regozijam. Ora, vós sois o corpo de
De Cristo; e, individualmente, membros desse corpo” (l Cor. 12:26-27)

3 - “Antes de tudo vos entreguei o que também recebi; que Cristo morreu
Pelos nossos pecados, segundo as Escrituras, e que foi sepultado, e
Ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras, e que foi sepultado ao
Terceiro dia, segundo as Escrituras” (1 Cor. 15:3-4)
Estes textos acima nos mostram de forma clara o conteúdo desta carta. Falam do ponto de partida para qualquer experiência espiritual cristã (A Cruz) e como é impossível ao homem natural compreender tal mistério. Vida cristã começa na Cruz.
Qualquer outra coisa é fantasia e ilusão religiosa. Só os que se quebraram em contrito arrependimento ao pé da Cruz de Jesus Cristo poderão experimentar em suas vidas o milagre do novo nascimento. Fora disto o que acontece é convencimento, admissão intelectual e envolvimento religioso. Nada mais. Vemos também que a verdadeira espiritualidade cristã se manifesta no serviço ao próximo. Ser cristão é antes de tudo servi. Servi a Deus na vida do próximo. O Senhor Jesus afirmou que veio para servi e não para ser servido. Disse, que basta ao discípulo ser como o seu mestre. A Igreja de Corinto nos mostra que devemos viver em comunidade apesar de tudo. Aquela era uma Igreja problemática mas nem por isso deixou de ser Igreja. Para isto, nos mostra a carta (Cap. 13) que a marca registrada é o amor. Sem ele, não há convivência. Só o amor promove a verdadeira edificação do corpo de Cristo e uma espiritualidade sadia.
O PONTO CENTRAL DESTA CARTA

QUAL A AFIRMAÇÃO CENTRAL DA ESPIRITUALIDADE CRISTÃ? 1 Cor. 12:3
QUAIS OS DONS ESPIRITUAIS PARA O SERVIÇO CRISTÃ? 1 Cor. 12:7-11
QUAL O MAIS EXCELENTE CAMINHO PARA O CRISTÃO? 1 Cor. 13:1
QUAL O OBJECTIVO DOS DONS NA VIDA DA IGREJA? 1 Cor. 14:3-5
Os textos acima nos dão BASE BÍBLICA para as afirmações que fazemos. A Bíblia é a nosso regra de fé e prática.
Na primeira carta aos Corinto, Paulo nos ensina que somente pessoas guiadas pelo Espirito Santo de Deus podem discernir verdadeiramente quem é Jesus de Nazaré,
E isto está de acordo com o ensino do próprio Jesus (João 14:25-26). Mas, há um contraste entre a maneira como o Espírito Santo guia as pessoas e a maneira como os outros espíritos o fazem. Os outros espíritos “ arrastam”, da mesma forma como os ricos arrastam os pobres oprimindo aos tribunais (Tiago 2:6). Não é a toa que os seres usados pelos espíritos são chamados vulgarmente de “cavalos”. São dominados, ficam com consciência tomada e nunca sabem o que fazem. Isto mostra que os espíritos agem nas pessoas de forma invasiva, opressiva, usurpando a sua vontade e consciência. Mas, o Espirito santo ilumina o conhecimento para que a respeito de Jesus seja consciente e inteligente. Por isto não há manipulação, mas o livre exército da vontade pessoal. Esta carta mostra ainda que o Espírito Santo manifesta-se através de todos ao cristãos, concedendo-lhes capacidade para, o serviço ao próximo (l Cor. 12:7 e 11). Estas capacidades são chamadas de dons espirituais. A vitalidade das comunidades cristã depende da plena vigência dos dons espirituais. O exercício deles deve se dar na diversidade e não na ênfase exagerada de determinado dom. O mais importante, em tudo isto, entretanto, é checar se facto eles, os dons, estão sendo usados para o verdadeiro serviço ao próximo. O uso dos dons só pode ser entendido se for para o bem comum e a edificação do corpo de Cristo, a Igreja. Paulo deixa claro que a participação do Corpo DE Cristo a Igreja. Paulo deixa claro que a participação do Corpo deve ser observada à luz de três característica fundamentais: A unidade (muito membros mas só corpo), a diversidade (um só corpo, mas muitos e diferentes membros) e a mutualidade (todos os membros imprescindíveis e cooperando entre si). Isto elimina alguns ensinamentos como: “Cristo sim Igreja não”, ou, Cristo sem, Igreja qualquer uma”. Cristo sim. Igreja sim. Não há base Bíblica para shoppins centers espirituais onde cada loja (dia da semana) oferece um artigo diferente. O mais bonito é que está comunidade tem uma marca registrada: O AMOR! Nenhuma experiência espiritual, ou acção social ou qualquer outra coisa substitui o amor entre os irmãos. Deus não distribui “Kits” de espiritualidade com coisas espectaculares. O segredo meus irmãos, é o AMOR! Muitos querem êxtase, mágica, delírio, e, isto é chamado de “poder”. O amor é a natureza de DEUS. DEUS É AMOR! Igrejas contextualizadas aos vulneráveis à manifestação do Espírito Santo, mas possuem critérios claramente definidos pelas Escrituras para viver tais experiências. Como afirmou a Reforma do século XVI: só a guerra a fé a palavra! Paulo deixa muito clara a verdade de que a Igreja é a comunidade da Palavra de Deus.
Reflexão:
1. Você já confessou Jesus como Senhor e SENHOR da sua vida?
2. Você já descobriu seus dons no Corpo de Cristo? Tem servido?
3. Diga agora 2 dons que você desejaria ter

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