segunda-feira, 12 de maio de 2008

A ESCOLHA INEVITÁVEL

O que se observa de imediato neste texto é a natureza absoluta da escolha que se apresenta. Todos nós preferíamos ter muito mais opções do que um só, ou, melhor ainda, gostaríamos de fundi-las todas em uma religião conglomerada, eliminando assim a necessidade de qualquer escolha. Mas Jesus descarta as confortáveis soluções que propomos. Em lugar disso, Ele insiste que, afinal de contas, há uma só escolha, porque só há duas possibilidades, dentre os quatro aspecto apresentados:
1) Há dois caminhos – No caminho largo há muito lugar para a diversidade de opiniões e a frouxidão moral. É o caminho da tolerância e da permissividade. Não tem freios, nem limites de pensamento ou de conduta. Os viajantes deste caminho seguem as próprias inclinações, isto é os desejos do coração humano em sua degradação. Superficialidade, egoísmo, hipocrisia, religião mecânica, falsa ambição, condenação dos honestos e zelosos pelo evangelho; estas coisas não precisam ser aprendidas ou cultivadas. É preciso, na verdade, esforço para lhes resistir. Nenhum esforço é necessário para pratica-las. Por isso é que o caminho largo é fácil. O caminho estreito, por outro lado, é difícil. Seus limites são claramente demarcados. Sua estreiteza se deve a uma coisa chamada “ Revelação Divina”, que restringe os peregrinos às fronteiras do que Deus tem revelado nas Escrituras como bom e verdadeiro.
2 )Há duas portas – A porta que leva ao caminho fácil é larga, pois é só uma questão de tomar o caminho fácil. Evidentemente, não há limites para a bagagem que poderemos levar connosco. Não precisamos deixar nada para trás, nem mesmo nossos pecados, a justiça própria ou o orgulho. A porta que leva ao caminho difícil, por outro lado, é estreita. É preciso procurar para encontrá-la. É fácil errar. A fim de entrar por ela, temos de deixar tudo para trás: o pecado, a ambição egoísta, a cobiça e, até mesmo, se for necessário, a família e os amigos, pois ninguém pode seguir a Cristo sem antes negar-se a si mesmo. É como uma barreira de portagem: é preciso que as pessoas passem uma a uma. Como encontra-la? É o próprio Cristo: “ Eu sou a parta”, Ele disse “ se alguém entrar por mim, será salvo”.
3 ) Há dois destinos – Jesus ensinou que o caminho, cuja entrada é a porta larga, leva à destruição. A destruição completa no mas que já inicia aqui no mundo: do amor, da beleza, do encanto e da verdade, da paz e da esperança. É um futuro horrível demais para se contemplar sem lágrimas. Portanto, o caminho espaçoso é o caminho suicida. Por outro lado, o caminho difícil, ao qual se chega pela porta estreita, leva à “vida eterna”que Jesus explicou em termos de comunhão com Deus, começando aqui, mas aperfeiçoada no além, na qual veremos e partilhemos de sua glória, e encontramos a realização perfeita de seres humanos no serviço altruístas prestado a Deus e a nossos companheiros.
4 )Há duas multidões – Entrando pela porta larga e viajando pelo caminho espaçoso que leva à destruição, há muitos. O caminho largo e facíl é um lugar de muita actividade .O caminho estreito e difícil que leva à vida, entretanto, parece ser comparativamente mais deserto. São poucos os que acertam. Parece que Jesus previa que os seus seguidores seriam (ou pelo menos, pareciam ser e se sentiram) um desprezado movimento de minoria. Ele viu multidões na estrada larga, rindo, sem cuidados, aparentemente sem ideia alguma do fim tenebroso para o qual se destinavam, enquanto que, no caminho estreito, apenas um “feliz grupo de peregrinos”, de mãos dadas, as costas voltada para o pecado e o rostos voltados para a direcção da Cidade Celestial “cantando hinos de expectativa, marchava para a terra prometida”

Chave: Esforçai-vos por entrar pela porta estreita
Orar: Senhor, dá-nos forças para superarmos as dificuldades do caminho
estreito

Sem comentários: