sexta-feira, 1 de julho de 2011

Reflexão Tristeza

Ensino acerca da Tristeza

Quando falamos da tristeza, um de nossos primeiros objectivo deve ser o de ajudar as outras pessoas a aceitá-lo. Isso é especialmente necessário para os evangélicos, visto que em contraste com as pessoas que viveram nos tempos bíblicos, nós tendemos a considerar como fraqueza. O apóstolo Paulo disse ao Filipenses era capaz de sentir grande tristeza. Falando de como Deus curara Epafrodito, ele escreveu: “Deus se compadeceu dele, e não somente dele, mas também de mim, para que eu não tivesse tristeza sobre tristeza (Fil.2:27). A expressão “tristeza sobre tristeza” baseia-se em uma expressão idiomática hebraica que retrata lamentações e choros intensos. E Paulo não criticou os líderes cristãos de Éfeso que choraram e se entristeceram grandemente por causa da partida dele (Actos 20:36,37). Quando ele disse “não vos entristeçais como os outros que não tem esperança”, estava referindo à maneira como se entristeciam, e não ao facto (1 Tess. 4:13). Não há dúvida de que Paulo não proibiu a tristeza na experiencia cristã.

A Tristeza como Emoção

Para entender a tristeza de maneira apropriada, precisamos considerá-la como uma emoção. Comportamentos que se exteriorizam, como soluços ou até o vestir-se de luto, fazem parte da tristeza. Mas a tristeza não é realmente um tipo de comportamento. É uma emoção. Assim sendo, não é algo que alguém faz acontecer, mas que acontece naturalmente. A tristeza pode ser definida como reacção emocional complexa diante de determinada perda ou privação. A tristeza é uma reacção complexa, e não simples mágoas. Embora ela seja uma experiencia universal, um psicólogo nos lembra que a tarefa de defini-la não é fácil. Isso porque varia “grandemente, conforme as pessoas envolvidas).

Sexo, idade, crenças religiosas, personalidade e duração e intensidade do relacionamento com objectivo perdido tornarão a perda de cada pessoa peculiarmente sua. As reacções de tristeza variam de acordo com o tipo de perda. A tristeza que se experimenta com a morte dos pais não é exactamente mesma experimentada com a perda de um emprego. As reacções de tristeza variam dentro de contexto culturais diferentes. Diferentes subculturas e sistemas familiares moldarão de maneiras distintas as expressões sociais de tristezas.

Causas da Tristeza

Os psicólogos têm diferentes teorias a respeito da causa da tristeza. Uma teoria originada em Freud argumenta que a tristeza é uma reacção instintiva Ela ocorre sempre que há um conflito entre a realidade e o que desejamos que existisse. Sempre que uma pessoa ou coisa se torna perdida para nós estabelece-se um conflito dentro de nós. A realidade da perda nos força a nos separarmos da pessoa ou coisas. Porém, visto que no decorrer dos anos e meses edificamos um relacionamento de amor, queremos que esse relacionamento continue. Portanto existe um conflito entre a necessidade de interromper o contacto e o desejo de continuá-lo. Por isso alguns psicólogos consideram a tristeza como uma reclamação de fundo emocional. A pessoa precisa desligar-se do relacionamento que outrora havia e reinvesti-lo em uma nova e produtiva direcção, para o bem de seu futuro.

A necessidade de reinvestir causa tremendo conflito interior, que resulta em ansiedade e tristeza. Por exemplo, quando uma pessoa perde o emprego, precisa mover-se em duas direcção. Precisa corta sua ligação com o emprego passado, e em seguida arrumar outro. No caso da morte de um cônjuge, contudo, isso não significa que a pessoa tem de investir o seu amor em outra pessoa para o processo de tristeza se completar. Mas significa que a pessoa enlutada deve continuar e edificar relacionamentos sadios com outras pessoas que estão ao seu redor e não permitir que a ligação emocional continua com o seu cônjuge falecido interfira nesses novos relacionamentos.

Uma das maneiras psicológicas mas úteis para se entender a tristeza e considerá-la como reacção à perda. Sempre que perdemos algo somos emocionalmente instigados a procurar recuperá-lo. Isso faz parte da natureza humana. As nossas emoções sustentam o que é um comportamento humano lógico. Se não nos preocuparmos com a perda de nossos meios de subsistência e outras coisas imprescindíveis, não seremos capazes de sobreviver. Assim sendo, sempre que há uma perda, há as acções que acompanharam.

A TRISTEZA É UMA REAÇÃO A QUALQUER PERDA

Considerada como reacção a uma perda, podemos verificar que a tristeza não é uma reacção peculiar à perda de um amigo ou ente querido. A infinita variedade de perdas que experimentamos na vida produz tristeza. A infinita variedade de perdas que experimentamos na vida produz tristezas. Isso explica porque até perdas menos importantes nos perturbam tanto. Algumas pessoas podem ter muitas dificuldades em superar a perda de uma cédula de dinheiro. Elas podem levar vários dias para apagarem essa perda de sua mente. Isso também explica por que algumas experiências, embora não envolvendo morte, são terrivelmente desastrosas.

O livro de jó confirma que a tristeza é uma experiência na vida humana. Quando pregamos sobre esse assunto estamos ajudando grandemente o povo de Deus a perceber que é normal passarmos por uma experiência, como aconteceu com jó, mas também que é normal sobreviver a ela, como ele sobreviveu.

Pesquisa no livro Problemas da vida

Autor Charles Sell


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